A Justiça em Birigui absolveu da acusação de crime de lavagem de dinheiro, no processo envolvendo as investigações da Operação Raio-X, que apurou desvio de recursos da área da saúde no município, os réus Munir Djabak, Fabiano Bearare, Paulo Wesley Monterani, José Wilson Monterani e Everardo Leonel Hostalacio.

O Ministério Público acusou os empresários de agir em conluio e em organização criminosa, em 2017, com Cleudson Garcia Montali e Lauro Fusco Marinho, já condenados por lavagem de dinheiro e desvio de verbas públicas da saúde, para ocultar e dissimular a origem, a movimentação e disposição de valores provenientes, direta ou indiretamente, de infração penal, convertendo os ativos ilícitos na compra e venda de um avião.

De acordo com a denúncia, Cleudson e Lauro eram sócios ocultos de um avião e teriam usado nessa lavagem de dinheiro Paulo, José, Djabak e Bearare. Cleudson e Lauro teriam comprado o avião por 700 mil dólares com dinheiro desviado de uma Organização Social de Saúde que atuava em Birigui.

As despesas de manutenção, abastecimento e salário do piloto eram divididas entre os sócios. Cleudson e Lauro foram os que mais utilizaram o avião, conforme conversas obtidas pela polícia em um grupo de Whatsapp dos sócios.

Essas conversas mostraram também que Cleudson e Lauro receberam uma parte do dinheiro quando o avião foi vendido. De acordo com o MP, Cleudson ainda adquiriu parte de outro avião, embora também fosse sócio oculto nele, usando Hostalacio, que permaneceu como proprietário.

A defesa de Paulo e José Monterani, da empresa Kilbra, foi feita pelos advogados André Tiago Doná e Herick Sabioni.

SENTENÇA

Porém, o juiz Adriano Pinto de Oliveira, decidiu pela absolvição das cinco pessoas. Segundo a decisão, não havia provas suficiente nos autos que comprovassem a culpa dos acusados em participar da organização criminosa e na lavagem de dinheiro. Tanto que não foram pedidas prisões temporárias deles, nem foi deferida busca e apreensão em relação a eles.