Com 6.152 votos, o advogado Éverton Sodário (PSL), de 26 anos, foi eleito prefeito de Mirandópolis na eleição suplementar realizada no domingo (1º).

Já o segundo colocado, o comerciante David Boaventura da Silva (PSC), recebeu 4.232 votos.

Porém, para assumir o cargo, Sodário terá que aguardar o julgamento de um recurso no TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral) em relação à candidatura de seu vice, Ademiro Olegário dos Santos (PSL).

A Justiça Eleitoral impugnou a candidatura de Ademiro por entender que ele não estava filiado ao partido pelo qual pretendia disputar a eleição, ou seja, o PSL.

Segundo decisão do juiz eleitoral Henrique de Castilho, Ademiro não se desfiliou do PP, não havendo sequer pedido nesse sentido, embora ele faça parte da relação interna do PSL desde dezembro de 2018.

CORTE DE GASTOS

Sodário disse ao DN1 que uma de suas primeiras medidas como prefeito será decretar um contingenciamento de gastos na Prefeitura, para atingir o equilíbrio fiscal do município e priorizar o funcionamento dos serviços públicos.

Além disso, o prefeito eleito afirmou que pretende fazer uma auditoria nas contas do município, para saber como o dinheiro da administração municipal foi usado até o momento. “Assumi esse compromisso na campanha”, assinalou Sodário.

De acordo com Sodário, a abertura dessa “caixa preta” também servirá para que a população saiba em qual situação financeira ele assumirá o Executivo.

CONTRA O TEMPO

O chefe do Executivo eleito falou que terá que correr contra o tempo, pois seu mandato será curto. Por isso, pretende priorizar as demandas da população de Mirandópolis, entre elas, o recape de ruas da cidade. Sodário contou que já entrou em contato com deputados e um senador para buscar recursos para o município.

Em relação à situação de seu vice, ele explicou que houve um atraso na entrega da filiação de Ademiro. Porém, Sodário afirmou que está tranquilo, pois acredita que a situação será resolvida pela Justiça Eleitoral.

“Devo minha eleição a Deus e à vontade de mudança da população de Mirandópolis. Começamos uma nova era com o presidente Jair Bolsonaro (PSL), que ninguém acreditava que seria presidente. O mesmo aconteceu comigo. Quem diria que um jovem de 26 anos, sem muitos recursos, se tornaria prefeito”, comentou Sodário.

TSE

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) decidiu, em abril deste ano, convocar eleição suplementar para prefeito e vice de Mirandópolis, após manter a cassação do então vice-prefeito da cidade José Antônio Rodrigues (SD), que teve contas rejeitadas pelo TCE-SP (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo).

O tribunal entendeu que a manutenção da inelegibilidade do vice-prefeito contaminou toda a chapa eleita em 2016, atingindo também a então prefeita Regina Mustafa (PV), já que o candidato teve papel relevante na obtenção de votos no pleito, por ter sido justamente ex-prefeito de Mirandópolis.