Gráficos, tabelas, estatística, fórmulas, cálculos e números também são aliados no combate à pandemia de COVID-19. Esse foi o ponto de partida que inspirou professores e estudantes da Faculdade de Tecnologia do Estado (Fatec) Araçatuba no desenvolvimento do projeto Matemática da Disseminação do Coronavírus, apresentado durante a 12ª SemaTec – Semana de Tecnologia, realizada no fim de junho.
O trabalho resultou no modelo matemático conhecido como R0, capaz de calcular a velocidade de transmissão do novo coronavírus (SARS-CoV-2) no Brasil. A ferramenta pode ajudar gestores públicos a entender como funciona a doença e a orientá-los nas tomadas de decisões para controlar a pandemia.
Os dados da COVID-19 na região, analisados pela turma do curso de Biocombustíveis, mostram que, no período de 77 dias, 74,5% da população da cidade de Araçatuba será infectada. Desse total de contaminados, 55% serão assintomáticos, 25% terão apenas sintomas leves, 15% serão pacientes mais graves com internação e 5% serão pacientes vulneráveis que precisarão de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Indicador
Segundo o economista e coordenador do projeto Euclides Teixeira, todas as doenças têm seu índice de contaminação R0. No Brasil, o indicador de contaminação do coronavírus varia entre 1 e 3.
“Isso significa que uma pessoa infectada pode contaminar até três pessoas, no período de uma semana. Por este modelo matemático é possível visualizar o crescimento exponencial do contágio e programar medidas para gerenciar a pandemia”, explica.
“O R0, no entanto, é variável e local. É um índice aproximado que se comporta de acordo com as condições culturais e socioambientais de cada lugar. O R0 num presídio e na zona rural de um mesmo município serão sempre discrepantes”, completa.
Modelo internacional
O R0 define também a curva de evolução da doença e é um dos índices considerados para decidir pelas fases de isolamento social ou flexibilização. Quando o índice é 1, a curva se estabiliza e se for menor que 1, ela começa a baixar. Enquanto o R0 variar entre 1 e 3, a curva da doença estará em ascendência.
Teixeira ressalta que a adoção do R0 ainda é restrita no Brasil porque não há testagem em massa e a precisão do índice de contaminação depende do diagnóstico preciso da doença.
O trabalho da Fatec Araçatuba foi uma atividade acadêmica baseada em metodologias internacionais desenvolvidas pela universidade inglesa King’s College e por pesquisadores da província chinesa de Wuhan.
O grupo que apresentou a ferramenta na SemaTec era formado pelos estudantes Antônio Barreto, Wallace de Paula e Vania Duarte, que trabalharam sob a coordenação do professor Osvaldino Brandão e de Euclides Teixeira.
Com informações da assessoria de imprensa da Prefeitura de Birigui
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