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Liberte-se! – Por Andressa Bailão

Temos vivido dias incertos, turbulentos e confusos. Erros acontecem o tempo todo, assim como injustiças são cometidas. Como consequência, não há uma única pessoa que não será, em um momento ou outro, vítima das ações descuidadas e maldosas de outras.

Entretanto, é possível perdoar! Mesmo que tenhamos sido vítimas uma vez, não precisamos ser vítimas pela segunda vez, ou seja,  carregar o fardo do ódio, da amargura, da dor, do ressentimento ou até mesmo da vingança. Podemos perdoar e nos libertarmos de muita dor desnecessária. 

Quando passamos por uma injustiça, podemos ser rápidos em dizer: “Aquela pessoa errou. Ela merece uma punição.” Pensamos erroneamente que, se perdoarmos, de algum modo a justiça não será feita e as punições serão evitadas. Contudo, não percebemos que quando não perdoamos, a única pessoa “punida” é exatamente quem não perdoa. 

Frequentemente, olhamos para quem nos ofende do mesmo modo que olhamos para um iceberg — vemos apenas uma ponta e não o que está abaixo da superfície. Não sabemos tudo o que está acontecendo na vida da outra pessoa. Não conhecemos o seu passado, não sabemos sobre suas dificuldades, não sabemos quais são as dores que carregam.

Todavia não se esqueçam que perdoar não é tolerar. Perdoar jamais será aceitar o mau comportamento de outras pessoas, nem permitirmos que nos maltratem e nos ofendam por causa de suas dificuldades e dores. Perdoar não é permanecer em um relacionamento abusivo, seja ele qual for. Perdoar é se libertar do sentimento de rancor e de vingança, dando espaço para a paz de espírito e para o amor próprio. Perdoar não apagará a sua memória. Você sempre se lembrará do que aconteceu, não para ruminar sentimentos corrosivos, mas como aprendizado. 

Assim como todos somos vítimas dos maus comportamentos de outras pessoas uma vez ou outra, também, às vezes, somos os culpados. Todos cometemos erros e precisamos de perdão. Precisamos nos lembrar de que o perdão de nossos próprios erros está condicionado a perdoarmos outras pessoas.

Shakespeare disse uma vez que “A raiva é um veneno que bebemos esperando que os outros morram”. Escolhamos não beber esse veneno, lembrando-se sempre que cada lágrima de tristeza derramada hoje, será compensada por cem lágrimas de alegria, caso você decida hoje se libertar! 

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