“Agosto de 1994”: Assim eu iniciava o subtítulo do meu livro “Birigui – A revolução que começou pelos pés”, em sua página número 103: “Após mais de 35 anos de convivência pacífica entre empresário e trabalhador, a cidade começou a viver um verdadeiro estado de guerra…”.
Um bando de sindicalistas do setor calçadista da cidade de Franca, sem ter o que fazer por aquelas bandas, “apoitou” na Praça Dr. Gama, e com aparelhagem de som muito potente, tipo daquelas que nos finais de semana infernizam a cidade de Birigui, iniciou dias quase sem fim, a atacar “ferozmente” os empreendedores de calçados de Birigui.
Assustador era o linguajar daquele povo, que de uma hora para outra, sem conhecer a história do setor calçadista biriguiense, baseado em depoimentos de alguns empregados descontentes, se travestiu de “mosqueteiros”, a “arrancar” toda a classe de trabalhadores, das mãos sanguinárias dos donos de fábricas de calçados.
Por outro lado, os empresários iniciaram o combate, na mesma “moeda e medida”, ou seja, para combater o som dos sindicalistas francanos, outra aparelhagem de som igual ou de maior potência, a tocar músicas o tempo todo, encobrindo o discurso de ódio daquela “turba”.
A tática funcionava, até que os “meninos” que se fantasiavam de sindicalistas iniciaram a onda de vandalismo, que levou o movimento a ser estancado pela polícia militar, quando um ônibus com membros do sindicato de trabalhadores locais, ao circular pela Praça Dr. Gama, foi atacado pelos “invasores de Franca” com pedras, além de utilizarem a força física para agredirem seus “inimigos de luta”.
Tivemos relatos, inclusive, que um dos maiores empresários da cidade, ao sair da sua empresa para tentar dialogar com os “estranhos no ninho”, foi agredido fisicamente.
Um supervisor de outra unidade industrial, que tentou saber os motivos daquilo tudo, da mesma forma, foi espancado, e registrou o boletim de ocorrência na Delegacia Central.
Como a situação fugia do controle das autoridades, alguns padres, juntamente com o prefeito, foram até o Sindicato Patronal, que ficava na rua Americana, para que a instituição abrisse o diálogo com os “intrusos.
A resposta dos empresários foi irrevogável e decisiva para o final do entrevero: “Não podemos conversar com estranhos, pois se o fizermos reconheceremos um direito que eles não detêm. Nossas negociações coletivas de trabalho são feitas com o Sindicato do Trabalhadores de Birigui”.
É evidente que a partir dessa informação a onda de terror cresceu, com mais ofensas na Praça Central, e novas agressões – verbais e até física-, ora numa unidade industrial, ora noutra.
Porém, o direito legítimo que regia a relação entre os dois sindicatos locais foi mantido, e do jeito que chegou, aquele aglomerado de arruaceiros partiu para sempre. Pelo menos até esta data não deu mais sua cara por aqui!
A levar em conta esse exemplo de união de uma classe produtiva, que não recuou perante um falso poder, o mesmo deveria ser copiado pelo presidente do Brasil, Jair Messias Bolsonaro.
Em momento algum deve participar de debates (promovidos por canais de televisão, emissoras de rádio, ou blogs famosos, a dita “imprensa marrom”, que não tem preocupação alguma com a verdade dos fatos), com aquele que teimam em dizer que está em primeiro lugar nas pesquisas, mas que não pode sair às ruas que é “homenageado” com ovos podres, e mais recentemente com bomba de fezes humanas.
Fazendo um parágrafo, fico imaginando o autor deste artefato – uma bomba de fezes-, que foi disparada contra o ex-presidente, manuseando o tempo todo com tão especial matéria prima. Deve ter sido agradabilíssimo!
A partir do instante em que o atual presidente da república do Brasil participar de um único debate com o ex-presidente – condenado em três instâncias, e que foi libertado a exemplo do que acontece nas ditaduras mundiais – por um único togado do STF, terá validado uma candidatura que só existe na cabeça de esquerdistas improdutivos.
Depois não adianta chorar o leite derramado…
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