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Eternos adolescentes? – Por M.P. Telles

Esses dias parei para pensar na fase mais “catastrófica” de nossas vidas: A ADOLESCÊNCIA. Fase que nos perdemos no caleidoscópio de personalidades, ficamos enroscados nas teias de sentimentos, iniciamos a mutilação desnecessária da FALTA DE CONFIANÇA. E de todas as feridas dessa tão confusa fase da vida, o que levamos sem notar como uma velha amiga para a fase adulta é a silenciosa e pesada falta de confiança.

É incrível como a falta de confiança está sendo um mal bem mais evidente nos últimos dez ou doze anos. Pessoas não gostando de seus reflexos no espelho, mudando os seus corpos para tentar se encaixar em um padrão social que nem mesmo elas sabem qual é. Relacionamentos tóxicos e manipulação de sentimentos para se “ter” quem se pensa “amar” do seu lado, nem que seja a força. Adultos perdendo oportunidades de emprego por não se sentirem suficientemente qualificados e seguros de abraçarem responsabilidades. Sonhos sendo abortados mesmo antes de se traçar um plano de sua concretização.

Sentimentos e inseguranças que deveríamos ter superado tem se transformado em “bichos papões” que assombram mentes crescidas e mostram que, talvez, não deixamos para trás a adolescência, mas carregamos resquícios dela em nossa mochila de sentimentos, como um difícil fardo a ser abandonado na primeira encruzilhada deserta da vida. Perdemos a confiança, mas nunca é tarde demais para encontrá-la e sabendo que torna você seguro de tudo que faz, diz e acredita não são as pessoas que te julgam, e sim na certeza de que se tudo der errado nunca será tarde demais para recomeçar até que tudo se encaixe perfeitamente.

O que faz um adolescente, adolescente, não é sua idade, inseguranças e medos, e, sim, sua falta conhecimento a respeito de que os erros não são o fim e, sim, o começo para que se acerte algum dia. Para encontrar onde perdemos a nossa insegurança é preciso entender que fases são feitas para vivermos e deixarmos para trás, sendo boas ou ruins. Não é necessário carregar o passado mesmo inconscientemente de alguma forma tenhamos um afeto a ele. Uma hora ou outra devemos amadurecer e perceber que a maior dádiva da vida adulta é a confiança de que não precisamos de ninguém para nos rotular. Devemos ser eternos aprendizes e não eternos adolescentes.

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