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A Arte Divina de Ensinar – Por Nalberto Vedovotto

Na carta de São Paulo aos Coríntios (1 Cor 12,12-30), encontramos a seguinte passagem: “Vós, todos juntos, sois o corpo de Cristo e, individualmente, sois membros desse corpo. E, na Igreja, Deus colocou, em primeiro lugar, os apóstolos; em segundo lugar, os profetas; em terceiro lugar, os que tem o dom e a missão de ensinar”.

Em seu vídeo: “Como aprender qualquer coisa difícil” (https://www.youtube.com/watch?v=ShgfIdfxqlA&t=2s), Seiti Arata fala com sapiência sobre o papel da Mentoria na vida de uma pessoa.

Para ele, um indivíduo pode desenvolver a técnica do autodidatismo, por meio de livros, vídeos, áudios..: “todos tem um poder transformador muito importante. Explore os materiais autodidatas com olhar muito crítico. Pare e faça sua reflexão. Não é bom consumir um conteúdo direto sem ter o olhar crítico daquele material”.

Arata diz que o ideal é a busca da maestria, um caminho espinhoso, longo, que pode durar anos e, talvez décadas, mas que ensina o “processo doloroso” pelo qual a pessoa precisa passar para chegar ao fim com o resultado esperado.

Segundo George Leonard: “A maestria é o misterioso processo, onde aquilo que, a princípio é difícil, se torna cada vez mais fácil e prazeroso com a prática

O segredo está na transformação. Se não existe transformação não existe aprendizado. Transformação vivida é superior à teoria aprendida. Tenha a capacidade de entender uma filosofia, ao mesmo tempo em que entende outras. Não seja radical, ao pensar: “essa é a única verdade”, ensina Seiti.

Ao levar em conta os ensinamentos de São Paulo aos Coríntios e deste novo pensador Seiti Arada, chego à conclusão que ensinar (depois da evangelização e profecias), o terceiro maior poder que é dado a uma pessoa-, é um dom Divino, portanto se você é portador dessa habilidade, e não a colocar a serviço do seu semelhante, creio que isso lhe será cobrado.

Para chegar à Maestria, e com ela você poder se colocar constantemente a serviço de seu semelhante, Arata sugere cinco fases distintas, que são:

  1. Instrução:

A instrução pode vir de diferentes caminhos: livros, documentários, programas de computador etc., mas de todas essas fontes, a figura do Mestre é uma opção tremendamente vantajosa, prática e efetiva, que acelera seus resultados.

O bom Mestre é aquele que leva em conta a individualidade da pessoa, que valoriza o contexto, os valores, as prioridades de cada uma. 

Utilize seu próprio cérebro. Você precisa experimentar, assistir a uma aula, uma sessão, e depois disso fazer o seu julgamento. As ideias precisam ser claras, fazer sentido para você, para que as implemente.

O bom Mestre vai te apresentar perguntas, estimulá-lo a encontras as saídas melhores ao seu problema, ajudando-o na sua própria construção.

No modo passivo não existe aprendizado.

O que diferencia um do outro é a experiência da dor. Às vezes, o mais talentoso não experimentou o “processo doloroso”. Não ignoremos, o mais lento pode chegar antes do apressadinho. A parábola do Coelho e a Tartaruga é um bom exemplo disso.

  1. Prática:

A prática do Mestre é que vai reconhecer as recompensas durante o caminho, mas não é o motivo da jornada. 

A prática não é uma atividade restrita aos esportes. Ex: o Médico prática a medicina, o advogado o direito etc…

Quanto mais você avança, percebe que tem muito chão adiante.

Os verdadeiros mestres não treinam com o único desejo de alcançar um determinado ponto, um certo objetivo, eles amam a prática. E por amarem a prática, os Mestres se tornam cada vez melhores. Fique no “tatame” cinco minutos a mais do que os demais. Não fique com preguiça, com pena de você mesmo, de se fazer de vítima.

  1. Entrega:

É a habilidade do Mestre em medir sua coragem, atender as exigências. É a confiança no Mestre. De que modo? Quando vem um instrutor e pede que realizemos uma tarefa, um exercício que parece não ter nenhum nexo, sentido, você tem que confiar.

Hoje, a grande mídia vive “vendendo” que existem soluções instantâneas, pílulas mágicas = isso é o imediatismo. Antigamente um aluno tinha que se dedicar muito, chegar a um ponto em que pudesse ser aceito para um treinamento.

Entrega significa que estamos sempre aprendendo.

Use sempre do bom senso, principalmente quando você está no meio de um processo, por exemplo, em que há uma “lavagem cerebral” acontecendo, ou quando está orientado por um bom treinamento.

  1. Visualização:

Tudo o que queremos fazer é imaginar qual a realidade que estamos construindo.

Visualizar seu objetivo, fortalecer o seu foco e fazer tudo o que for possível para chegar até lá.

Tenha uma intenção específica, em relação aos detalhes.

  1. Limite

O Mestre é aquele que se desafia além do limite, que assume riscos para encontrar uma performance cada vez maior.

Nesses momentos o Mestre fica até obcecado nesta busca e começa a caminhar no limite. Conscientemente ele cruza esse limite. Ex: Julie Moss (1982)”.

Você que tem o dom maravilhoso de ensinar, facilidade de expor sua ideia, transmitir com metodologia seus conhecimentos, estimular o pensamento alheio, e fazer com que o aluno supere o Mestre, não perca mais tempo, o mundo precisa de seu talento e dedicação.

Mãos à obra.

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