Um dos vídeos mais inteligentes a que assisti nestes dias, foi do youtuber Allan dos Santos, que teve de sair do Brasil para não ser preso pelo Supremo Tribunal Federal, por pensar diferente dos ministros daquela corte.

Foi iluminado ao dar sua opinião acerca do que a população brasileira deve fazer nas ruas a partir de agora e, cada vez, de forma mais veemente: “Exigir a volta do Estado Democrático”, pois estamos sob o domínio da mais estúpida ditatura de todos os tempos, imposta pelo Supremo Tribunal Federal.

A culpa é do atual presidente do Brasil, Jair Messias Bolsonaro, que ficou o tempo todo repetindo a frase fatídica: “Estou jogando dentro das quatro linhas”, quando disputava e continua enfrentando adversários cuja meta, futebolisticamente falando, é acertar na medalhinha do opositor.

Esses “jogadores” pernas de pau, porque se tivessem categoria, usavam as mesmas regras que o presidente tentou e tenta respeitar, fruto da Constituição Brasileira, escrita justamente por grande maioria de esquerda, no ano de 1988.

Nem por ocasião da tal ditadura militar de 1964, presenciei esse Brasil ditatorial do presente, a prender inocentes – pelo simples fato de não aceitarem usar uma máscara contra o Covid -, no auge da pandemia.

Mãe de família e trabalhadores honrados espancados covardemente, sob nossos olhos omissos, por uma polícia truculenta, a receber ordens de governantes que jamais respeitaram os votos que receberam.
Nunca soube, não vi pela televisão, ou ouvi por uma emissora de rádio, que militares daquela época empunharam ferramentas de pedreiros para tapar vergonhosamente as portas de estabelecimentos comerciais oficiais, pagadores de impostos, tal qual foi feito, principalmente por um ditadorzinho que se travestiu de governador do maior estado brasileiro – São Paulo.

Pessoas detentoras de cargos eletivos, conquistados pelo voto nas urnas, serem arrastadas de suas casas, nas presenças da esposa e filhos, com seus bens expostos ao léu, seus sigilos bancários rasgados e escancarados, só porque ousaram criticar alguns ministros do STF, e acreditarem de forma pueril, que gozavam das prerrogativas e imunidades parlamentares.

Com que vergonha e asco, presenciei a prisão de jornalistas! Jamais sonhei um país que sempre se dizia democrático, a “enjaular” colegas de profissão, com saúde plena em vigor, e os devolverem em cadeira de rodas, sem quaisquer explicações ou pagamentos por abuso de autoridade.

Repito, tudo isso por conta de um presidente cuja crença inocente era achar que estava agindo corretamente, ao afirmar “Estou jogando dentro das quatro linhas”!

Que democracia é essa que estamos vivendo, senhor Jair Messias Bolsonaro, onde o cargo maior da Nação deixou de ser respeitado por jornalistas de esquerda, que o nomearam de todos os objetivos terminados em “ista”: fascista, negacionista e uma “ida” para ficar mais ameno: “genocida”, sem que Vossa Excelência sequer se indignasse.

Que democracia é essa, nobre e excelente presidente, quando somos presos e ameaçados em nossa liberdade de expressão, pelo simples fato de pensarmos que ocorreu algo inexplicável no processo das eleições presidenciais?

Antes que Sua Excelência vá embora, sob conselhos de alguns “falsos amigos”, dizendo baixinho em seus ouvidos: “Olha, hoje o senhor é a maior força de oposição política do país, aceita que vai acabar tudo bem, estaremos aqui no Congresso e Senado a desempenhar nosso papel republicano, e daqui a quatro anos o senhor voltará com força total”.

Como simples brasileiro, eu quero a democracia de volta, nem que seja para respirá-la por mais uns 50 dias!

Nós, zumbis nas ruas, desesperados, desalentados, incrédulos ante o definhar de uma Nação que tanto amamos, e seguirá por um caminho que já conhecemos, só temos Sua Excelência a lutar conosco por ela, e pela democracia que recebeu em janeiro de 1999, e que aos poucos estamos deixando escorrer por entre nossos dedos.

Deus, tenha piedade da Nação Brasileira!

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