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Prazer, quero me apresentar, capiau!

Sou capiau do interior de São Paulo, nasci na cidade de Gabriel Monteiro, e fui registrado na vizinha Piacatu, pois na “Nova Olímpia” de então não existia Cartório de Registro de Pessoas.

Com cinco anos de idade, no ano de 1956 meus pais vieram para Birigui e trouxe na “trouxa” de bens materiais – sete filhos-, e muita vontade de criá-los, alimentá-los e, principalmente, formar homens e mulheres que lhes propiciasse orgulho!

Só eu sei a que custo! Quantas “sovas” levei da minha mãe, até completar minha maturidade como cidadão, aos 14 anos de idade.

Com a “matriarca” não tinha negociação. Se eu cometesse o grande disparate de furtar, por exemplo, uma goiaba na casa de um vizinho, lá vinha ela com seu diálogo amoroso: ”— O seu bandido, onde você pegou esse fruto? Aqui em casa garanto que não, pois nunca vi um pé de goiaba no quintal!”.

Ato contínuo, com sua “espontânea” confissão, a orelha começava a sofrer um processo de esticagem, com aqueles dois “dedões” da mão direita da “mamãezinha do coração”!. E lá íamos nós passar pelo processo de educação não à distância, mas muito pertinho. Me levava até a casa do vizinho onde tive o “desprazer” de ver aquele fruto amarelinho, obrigava-me a devolver o pedacinho que ainda estava em meu poder, e depois disso, mais uma surra no “relatório de estatística” de qual filho apanhava mais.

Assim, naturalmente, sem quaisquer frustrações, mágoas, numa paz de espírito interior, aprendíamos que o que “é do outro, é do outro e nunca devemos sequer cobiçar”. Tenho cá comigo que foi minha mãe que inspirou um dos dez mandamentos – não furtarás -, tal seu apego a ele.

Pois bem, aí vem um sujeito que se diz representante da “classe trabalhadora”, inteligente, falante e que teve a felicidade de cair nas graças de alguns bispos do Brasil, que lhe deram a formação adequada para parecer honesto.

Fez o que fez, mentiu tanto, enganou o povo brasileiro até que conseguir se transformar em presidente da República.

Neste Brasil, cujo STF está acima do Presidente da República, que foi eleito com mais de 57 milhões de votos, é bem provável você ir preso ao se referir a ele como “o maior ladrão do mundo”, como o fez o padre Edison Biovo, de Laranjal Paulista, que está gastando uma nota com advogados para safar-se de ser “engaiolado”.

E nós, capiaus do interior de São Paulo, que apanhávamos por um simples furto de uma goiaba, ouvimos perplexos, boquiabertos, omissos e, covardemente, que esse cidadão roubou milhões do erário, tanto que foi condenado em duas instâncias, com as ações arquivadas  por ora – ELE NÃO FOI INOCENTADO ainda.

Aprendemos, também, que um único Ministro da maior corte das leis do país, tem o “condão” de passar por cima de juízes de primeira e segunda instâncias, arrancar o poder de averiguação desses magistrados, calar a boca de todos os ilustres juristas da nação, e devolver o direito político a esse “iluminado” cidadão!

Mas, a irresponsabilidade de se fazer da maior eleição da pátria, um palco pré-montado, poderá custar, caso se confirme as pesquisas – (fato que só inocentes úteis a aceitam)-, da vitória do ex presidente, poderemos pela primeira vez, assistir ao derramamento de sangue na história de um povo de índole ordeira e de paz.

Podemos nomear desde já, o responsável por essa possível tragédia na história do Brasil – STF – Supremo Tribunal Federal.

Quanto a nós, capiaus, nobre ex presidente, aceitando ou não o pejorativo adjetivo de sua infeliz verborragia, lhe daremos a resposta no dia dois de outubro.

Aguarde para sentir o que é um capiau brabo…

*As opiniões dos artigos são de responsabilidade exclusiva dos colunistas e não refletem necessariamente a opinião deste site de notícias

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