Primeiro semestre de 2019 tem saldo negativo de empregos em Birigui
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Birigui teve saldo negativo na geração de empregos formais no primeiro semestre deste ano, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do governo federal.
De acordo com o Caged, de janeiro a junho deste ano, a variação absoluta foi negativa, no patamar de -263 postos de trabalho. Nesse período, a quantidade de demissões foi de 6.944 pessoas, enquanto ocorreram 6.681 novas contratações.
No primeiro semestre do ano passado, a situação era diferente. O saldo de empregos era positivo, na ordem de 1.491 postos de trabalho. Na época, foram gerados 8.054 novos empregos, enquanto o número de desligamentos era de 6.563.
CALÇADOS
Nos primeiros seis meses de 2019, a ocupação de trabalhador polivalente da confecção de calçados foi a que mais admitiu, com a criação de 500 novos empregos. Por outro lado, o posto de costurador de calçados a máquina foi o que teve a maior quantidade de demissões: 579 (saldo negativo de -222).
Conforme os dados do Caged, este ano começou com o número de admissões superando o de desligamentos, com variação absoluta positiva de 454 postos de trabalho em janeiro. Porém, a partir de março, a situação passou a ser inverter. Foi quando as demissões somaram 1.324 trabalhadores, enquanto foram criados 1.199 novos empregos.
No último mês de junho, a variação absoluta foi negativa, na ordem de -649 – o pior resultado deste ano até o momento. Foram admitidas, na época, 762 pessoas. Porém, ocorreram 1.411 demissões.
INDÚSTRIA
O professor Marco Aurélio Barbosa, economista, explicou os grandes setores da economia, como a indústria, o comércio, serviços e a agropecuária, são os maiores responsáveis pelas estatísticas de emprego.
No caso de Birigui, o grande elemento que tem causado o número negativo de empregos é o setor industrial, em especial, o de calçados, que está sendo um dos mais prejudicados pela crise. Segundo Barbosa, o setor do comércio tem sido contracíclico no município, pois está tendo bom desempenho na geração de empregos.
Porém, apesar desses dados negativos no primeiro semestre de 2019, o professor e economista enxerga uma perspectiva de melhora por conta da retomada da indústria e também pela chegada de empresas de novos segmentos a Birigui.