‘Birigui voltou a respirar o Bandeirante’, diz Bizi
O presidente do Bandeirante, Ademir Wellinton de Oliveira, o Bizi, disse que o mais importante que aconteceu com o time desde que o assumiu, há pouco mais de um mês, foi a recuperação do bom astral da torcida. “A cidade respira o Bandeirante novamente”, afirmou Bizi.
Ele afirmou que isso acontece porque o time foi devolvido à sua torcida. “Eu não sou nada mais do que um representante do torcedor. Sempre fui de fazer com que o torcedor se sinta bem na casa dele”, comentou o presidente do Leão.
Para ele, os desafios neste momento são recuperar a estrutura do estádio para acomodar bem a torcida e arrecadação de recursos para montar uma equipe profissional forte para 2020, pois seu objetivo é fazer o Bandeirante subir de divisão no Campeonato Paulista.
Confira a entrevista que Bizi concedeu ao DN1 Portal de Notícias:
DN1: Nesse período de pouco mais de um mês como presidente, o senhor já sabe dizer como está a situação do Bandeirante?
Bizi: A gente pegou o clube com quase 70 jogadores, hoje estamos com 28 atletas. Tivemos que mudar algumas coisas para trabalhar da nossa forma. Queremos estruturar a equipe para o Campeonato Paulista da 4ª Divisão, que começa no ano que vem. Nós estamos trabalhando pesado. Existem algumas coisas no estádio para fazer. Não tem praticamente nenhum campo de treinamento em Birigui. Vamos tentar reformar o campo do Flamengo, mas estamos aguardando uma posição da Prefeitura em relação a isso e também estamos olhando outros campos para ver se a gente consegue fazer parcerias para montar as escolinhas no ano que vem também. Um dos nossos focos são as escolinhas. Temos também projetos de leis de incentivo, onde a gente recebe por meio do ICMS ( Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) aproximadamente R$ 1 milhão para investir nas categorias de base (sub 11, sub 13, sub 15, sub 17). Estamos trabalhando firmes nisso.
DN1: O que senhor destaca como o feito mais importante desse período?
Bizi: O astral da cidade, da torcida e dos atletas mudou. Nós fizemos um jogo do sub 20 e aqui na frente do estádio se via carros para todos os lados. Você olhava para os torcedores e via um semblante feliz, sabendo que o Bandeirante voltou para a torcida, pois eu não sou nada mais do que um representante do torcedor. Sempre fui de fazer com que o torcedor se sinta bem na casa dele. A cidade voltou a respirar o Bandeirante. Esse, por enquanto, é o fator mais importante.
DN1: Qual o desafio mais difícil que o senhor percebeu?
Bizi: Nós pegamos o clube em andamento e tem muita coisa para ser feita. A gente pensava que ia pegar o time em uma situação mais organizada e na verdade não. Há muitos anos que o nosso gramado precisa ser reformado. Ele era referência no Estado de São Paulo e hoje está cheio de problemas. Nós pedimos para um engenheiro agrônomo, o Fábio Moreno Martins (diretor do Departamento de Agricultura e Abastecimento da Prefeitura de Birigui), para nos ajudar a recuperar o campo. A gente já pediu terra, adubo orgânico e calcário para que, assim que acabar a competição, poder fazer uma cobertura, arrumar o vestiário. O que nós tínhamos muito aqui era tinta. Eles pintaram bastante. Mas a parte estrutural a gente esperava encontrar de uma maneira e, infelizmente, não foi isso que aconteceu. O desafio é deixar o estádio pronto para acomodar bem o torcedor. Nós tínhamos 400 cadeiras e elas sumiram. Teremos que comprar. Quero fazer um investimento em refletores, para que o torcedor assista aos jogos à noite com qualidade, por meio de uma iluminação que seja referência no interior. Precisamos reabrir o bar, que foi fechado para se tornar uma lavanderia.
DN1: Qual é a situação financeira do time atualmente?
Bizi: Nós assumimos no dia 11 de setembro, mas a conta bancária só foi liberada mais de 15 dias depois. A conta tinha mais ou menos R$ 2,5 milhões. Esse é o dinheiro que sobrou da venda do estádio Roberto Clark. Não temos como parar o sub 20, pois estamos na semi-final. Em dezembro, vamos planejar o sócio-torcedor, explicar para o torcedor que vamos comprar uma área para um centro de treinamento. Vamos precisar muito da adesão da torcida ao sócio-torcedor e das empresas colocarem placas de publicidade. A gente vai trabalhar em cima disso para não ter déficit no ano que vem. Nós pensamos também em adequar o estádio para fazer alguns eventos. Nossa projeção é realizar pelo menos três shows. A tendência hoje é fazer shows em arenas, até porque existe uma condição melhor de se fazer um show em um estádio do que pegar um local onde você vai ter que alugar toda a estrutura. Temos bastante projetos para buscar recursos para montar uma boa equipe. Provavelmente, vamos fazer também um show de prêmios. Como eu falei, nós já temos alguns projetos que já foram encaminhados. A gente vai ter recursos para tocar a base, para transformar o Bandeirante em um clube muito forte. Formar uma base bem trabalhada. Não adianta você falar que trabalha a base, igual a gente escutou por muito tempo, e agora, que a gente chega para trabalhar, encontra quase 70 jogadores e só um de Birigui. Vamos valorizar muito os bons jogadores e os jogadores de Birigui.
DN1: E como está a preparação do time profissional para 2020?
Bizi: A gente está trabalhando firme na montagem de um time profissional. Nós já fizemos um grande contato que é o Márcio Ribeiro. Nós estamos aguardando, porque ele tem vários convites, inclusive da primeira divisão de Goiás e da série A2 daqui. Mas é uma pessoa que, provavelmente, de uma forma ou de outra, vai acertar um trabalho com a gente. É um cara que em seis ou sete anos no Água Branca teve quatro acessos, inclusive neste ano, em que o tiime foi para a primeira divisão. Nós estamos tentando buscar o melhor profissional, que já está no mercado. Nós precisamos de uma pessoa para montar uma equipe à altura do Bandeirante. Nosso objetivo para o próximo ano é subir.