Jesus Não é um Ser Divino – Por Nalberto Vedovotto
Com muita tristeza li a frase acima, escrita por um grande amigo, numa dessas suas postagens pelas redes sociais.
Confesso, fiquei muito triste, justamente por tratar-se de uma pessoa culta, com brilhantes textos na imprensa, pois a Bíblia, em João 14:6 diz: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim”.
Portanto, não há salvação para nós, humanos, a não ser por intermédio de Jesus Cristo, Aquele que foi concebido pela Virgem Maria.
Se negarmos a divindade de Jesus jogamos na lata de lixo toda a fé na Ressureição, que Ele foi crucificado, morto, sepultado, e ressuscitou ao terceiro dia.
Penso que para esse meu querido amigo, Jesus é um líder de significância, daquelas pessoas que vem ao mundo, tipo: Mandela, Martin Luther King, Madre Tereza de Calcutá, Irmã Dulce, Papa João Paulo II, entre outros.
Confesso para você leitor, que sempre me dá a honra da sua leitura, não sou nenhum beato, que vive com a Bíblia na mão, ou mesmo, consumindo livros religiosos, mas prefiro acreditar nos escritos canônicos, visto que alguns foram elaborados muito próximos à passagem de Jesus pela Terra.
Todavia, existem os “Livros apócrifos (do latim tardio apocryphus, por sua vez do grego clássico ἀπόκρυϕος «oculto, secreto», também conhecidos como Livros Pseudocanônicos, são os livros escritos por comunidades cristãs e pré-cristãs (ou seja, há livros apócrifos do Antigo Testamento) nos quais as comunidades cristãs não reconheceram a Pessoa e os ensinamentos de Jesus Cristo por serem escritos sem inspiração divina, portanto, não foram incluídos no cânon bíblico” (Wikipedia).
Desconheço qualquer seita religiosa que não professe a inspiração Divina de Jesus como DEUS (Pai, Filho e Espírito Santo), haja vista, todos os pastores evangélicos, que alugam canais de TV a preço de ouro, mostram os “milagres” que ocorrem durante suas pregações, e os creditam a Jesus Cristo.
Honestamente? Duvido que tenha existido ou existirá no mundo um profeta da magnitude de Jesus Cristo – contrariou toda previsibilidade do ser humano, e deixou as pessoas horrorizadas -, notadamente no mundo corporativo, quando os convoca para uma justiça completamente oposta a exercida pelo homem na Terra.
Em Mateus 20:1-16 – Parábola dos Trabalhadores da Vinha-, fica clara a questão da justiça para Cristo, quando um homem contrata trabalhadores para sua fazenda ao longo do dia, e pagou a quantia de um denário a todos, a quem trabalhou oito horas, ou quem chegou no final da tarde e laborou por apenas uma hora.
Um ser normal, isento de quaisquer faíscas espirituais, não teria a visão de Jesus Cristo a igualar todos os trabalhadores da mesma forma.
Para Daniel Conegero: “Na nossa mera interpretação humana, realmente pode parecer ter sido injusto o fato de o fazendeiro prover o mesmo pagamento para todos os trabalhadores da vinha. Mas os trabalhadores que chegaram por último na vinha, também precisavam sustentar as suas famílias da mesma forma que os que chegaram primeiro. Dessa forma, o proprietário foi generoso e bom para com todos”.
Conegero prossegue: “O interessante é que a bondade do proprietário pareceu ser injusta e má aos olhos dos outros trabalhadores. Por isso o proprietário da vinha disse: “Amigo, não estou sendo injusto contigo. Não combinamos que te pagaria um denário pelo dia trabalhado? Sendo assim, toma o que é teu, e vai-te; pois é meu desejo dar a este último tanto quanto dei a ti. Porventura não me é permitido fazer o que quero do que é meu? Ou manifestas tua inveja porque eu sou generoso?” (Mateus 20:13-15).
Mesmo que eu não tivesse nomeado Jesus como meu único Lider e Senhor, a partir de iniciar estudos acerca de sua passagem pela Terra, não há como não se apaixonar por sua postura revolucionária ante um mundo completamente dominado por “poderosos”, “vendilhões do templo”, políticos corruptos (sim, esse mal não é de hoje) e prostituição amiúde, ao Vê-lo se posicionar ao lado de pessoas simples (basta ver quem Ele escolheu para seus apóstolos), e de mulheres frágeis que eram exploradas pelos homens.
Para você que tem uma visão “judaica” sobre Jesus Cristo, assim como meu amigo, vou propor uma reflexão:
Suponhamos que Jesus seja verdadeiramente Deus, que segundo os ensinamentos bíblicos virá ao mundo pela segunda vez para julgar os vivos e os mortos. Já pensou ter que dizer “cara a cara”: “Você é um engodo, um ser humano, de carne e osso, que passou por este mundo, porém não tem nada de Deus dentro de si”?
Segunda hipótese. Você de fato tem razão. Jesus foi um ser iluminado, que viu uma oportunidade de destacar-se ante à multidão, batendo frente contra os hipócritas, sacerdotes, políticos e homens da lei da época, mas é um ser humano que nasceu aqui, nada tendo que o ligue a DEUS.
Pergunto: O que você ganhou na sua vida inteira, duvidando da Divindade de Jesus? Se não acreditava, por que se portou de forma íntegra, um cidadão de bem, bom filho, excelente irmão, defensor das causas justas, seguidor de preceitos que tem tudo a ver com dogmas religiosos?
Eu te respondo. Como JESUS só pregou o amor, você meu caro agnóstico, que viveu uma conduta ilibada em todos os momentos em nossa sociedade, terá seus comportamentos grandiosos como o álibi para que Ele o perdoe da sua incredulidade e o aceite na casa do PAI.